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Goiânia, GO, Brazil
Pastor Metodista, Bacharel em Teologia, Posgraduado em Estudos Wesleyanos, Doutor em Ministério, Licenciado em Letras, Adesguiano, Capelão Militar RR (CBM/PA), Presidente da ACMEB - Associação Pró Capelania Militar Evangélica do Brasil, conferencista e escritor.
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VÁRIAS MANEIRAS DE MATAR

Rev. Aluísio Laurindo da Silva

“Não matarás” (Êxodo 20:13)

Certo dia conversei com um profissional de saúde que trabalhava num Pronto Socorro de determinada capital brasileira a respeito das ocorrências motivadas por atos de violência cujas vítimas iam parar exatamente naquela Casa de Saúde. “As pessoas estão se matando a toa” - disse-me o amigo. “Usam armas de fogo, peixeiras, facões, pedaços de vergalhões, cacos de garrafa e qualquer outra coisa para se furarem ...”

Que mundo é esse nosso?! Parece até que a violência se encarnou, assumiu a forma humana e habita entre os humanos para fazer e acontecer por aqui, por ai e por toda parte ...

Não matarás”, eis um dos mandamentos do velho decálogo de Moisés. Pena é que esse mandamento tão importante está como que esquecido na face da terra! A cada momento ele é “quebrado”, desrespeitado, pisoteado, engavetado, deletado da memória humana. E de diversas maneiras.

E de que modo os seres humanos estão se matando?

Uma das maneiras de matar é através de armas fabricadas pelos próprios seres humanos. Da velha garruchinha à poderosíssima bomba atômica; de um mísero canivetinho até um sofisticado punhal, sem nos esquecermos dos tapas e ponta-pés, das armas químicas, biológicas e outras, tudo fruto do engenho humano, quantas vezes utilizados para matar!

Outra forma de matar é através da ameaça de morte feita através da palavra. Temos também o emprego da palavra que mata as motivações, mata os bons estímulos, mata os sonhos, mata os ideais e mata os bons propósitos de vida

Há, ainda, a morte causada por omissão de socorro. Vítimas de toda sorte de males existem aos montões por toda parte deste mundo. Quantas vezes morrem por não serem socorridas em tempo? Morrem de fome, morrem de frio, morrem por falta de assistência médica, morrem por não terem onde morar, morrem vitimadas pelas injustiças sociais e assim por diante ...

Há, também, os que matam utilizando-se dos famosos “golpes baixos” através dos quais derrubam ou impedem que seus semelhantes (adversários/concorrentes) conquistem ou permaneçam em cargos ou empregos cobiçados por algures! É u´a mote sem sangue, sem atestado de óbito, sem velório, sem cortejos, sem sepultamento do cadáver, mas que deixa muita gente de luto por um tempo parece infindável!

Outro instrumento capaz de matar é a indiferença proposital utilizada no relacionamento social como recurso para “pisar” as pessoas desafetas. Trata-se de um tratamento frio, regado com boa dose de menosprezo e desdém.

As várias maneiras de matar produzem diversos tipos de morte. Há os casos de morte do ponto de vista objetivo, com cadáver e sepultamento reais. Há as mortes de caríssimas amizades. Há aquelas mortes dos sonhos da vida e assim por diante. Todas as ocorrências mortais sugeridas, porém, causam grandes sofrimentos, muitas lágrimas, separações, perdas irreparáveis.

“Não matarás”, eis o mandamento divino. A primeira edição de tão magna lei fora entregue pelo Criador pessoalmente a Moisés no Monte Sinai. A instrução recebida incluía sua divulgação, sua obediência. Hoje, em pleno século XXI, em que “Monte Sinai” nosso Criador mandaria afixar e exibir o Decálogo? Onde mandaria afixar e exibir o “Não matarás”? Na abertura de cada programa de televisão? Na primeira página de cada jornal? Nas músicas de fundo e de espera dos telefones? No alto do Pão de Açúcar? No pico do Monte Everest? Nos portais de entrada das Universidades? Onde mais? Ah!, quem sabe, nas consciências e nos corações de nossa geração? Como precisamos de “não matar!”

De que maneira podemos nós fazer parte de uma verdadeira CRUZADA PELA VIDA, por amor a nós mesmos, a nossos filhos e às futuras gerações? Ai já começamos a refletir sobre um tema complementar para o que podemos recorrer ao Evangelho de Cristo, cuja essência é o amor de Deus aos homens e destes a Ele e ao seu próximo. É o Evangelho da não violência. É o Evangelho da Paz, do Belo, da Verdade e do Amor – o Evangelho da Vida!

“Eu lhes este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu vos amei, amem também uns aos outros”. (Jesus, Evangelho de João 13:34).

Você já pensou em participar dessa Cruzada Santa? Deus abençoe seu propósito. Amém!

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