O CAVALHEIRO CRISTÃO

Rev. Aluísio Laurindo da Silva

Certo dia caiu em minhas mãos um texto com o título acima. Li-o, atenciosamente, até o fim. Constatei que o autor se esmerou em descrever o perfil do homem ideal do ponto de vista cívico. Cada palavra foi escolhida com a perícia de quem deseja esculpir um verdadeiro monumento às virtudes humanas. Desejei identificar seu autor e só encontrei esta indicação: Autor desconhecido! Fiquei pesaroso, mas, mesmo assim, avaliei o legado de tamanha importância que o guardei cuidadosamente.

Tomei o sentido da palavra cavalheiro como expressão designativa do ser humano em seu sentido genérico. Creio que os leitores deste Blog se sentirão gratificados em conhecer “O Cavalheiro Cristão” e, quem sabe, reproduzi-lo, colocá-lo em local visível, pois possui um significado riquíssimo e útil aos nossos dias. Apresento-lhes, pois, “O Cavalheiro Cristão”:

“Está acima da média. Não se rebaixa para trapacear. Não trai um segredo. Não se apavona com plumagens emprestadas. Nunca tira vantagens egoístas dos erros alheios. Não apunhala pelas costas. Se por acaso vem saber de um fato sigiloso, age como se nada soubesse. Carrega pacotes fechados sem abri-los. Papéis são sagrados para ele. Não invade a intimidade alheia, embora a sentinela esteja dormindo. Ferrolhos e trancas, fechaduras e chaves, sebes e cercas, cartas de cobranças a infratores não o afetam nunca. Pode-se confiar nele em qualquer circunstância. Não compra nem vende posição, não conspira contra ninguém. Não pisa sobre os sentimentos alheios. Prefere desistir de seus direitos a conquistá-los por meios desonestos. Come o pão honestamente. Não insulta ninguém. Se precisa repreender alguém, ele o faz com franqueza, abertamente e de maneira varonil; não desce às ofensas. Em suma, aquilo que julga honesto, ele o pratica em relação a todos os homens”.